Coleção Archimboldi
Autor fugidio e enigmático, de obra fascinante, Benno von Archimboldi consome a vida dos críticos que se dedicam a estudar seu trabalho em "A parte dos críticos", no romance 2666, de Roberto Bolaño. Seu nome representa para nós uma visão da ficção como arte e força, e sua trajetória como personagem nos oferece um vislumbre dos laços potencialmente misteriosos e complexos entre vida e obra. A Coleção Archimboldi busca promover e divulgar o trabalho de narradores que inventam formas de contar histórias e formas de ser em literatura hoje, lançando mão dos recursos do romance, do conto, das memórias, da autobiografia, da biografia ou do diário.
Autor fugidio e enigmático, de obra fascinante, Benno von Archimboldi consome a vida dos críticos que se dedicam a estudar seu trabalho em "A parte dos críticos", no romance 2666, de Roberto Bolaño. Seu nome representa para nós uma visão da ficção como arte e força, e sua trajetória como personagem nos oferece um vislumbre dos laços potencialmente misteriosos e complexos entre vida e obra. A Coleção Archimboldi busca promover e divulgar o trabalho de narradores que inventam formas de contar histórias e formas de ser em literatura hoje, lançando mão dos recursos do romance, do conto, das memórias, da autobiografia, da biografia ou do diário.

Coleção Archimboldi
Passeios com Robert Walser
Carl Seelig
Tradução de Douglas Pompeu
Disponível na nossa loja virtual
Em 1929, depois de algumas tentativas de suicídio, Robert Walser foi levado ao hospício de Waldau pela irmã que o adorava. Em 1933, foi transferido a contragosto para o hospício de Herisau e parou de escrever. Em 1936, o editor e filantropo Carl Seelig, grande admirador da obra de Walser, foi autorizado a visitá-lo regularmente e a acompanhá-lo em passeios pelo campo e pelas montanhas. Durante 20 anos, os dois se encontraram para longas caminhadas pelas paisagens suíças. Esses encontros, em que conversavam sobre a literatura, a amizade, a natureza, estão registrados neste belo Passeios com Robert Walser. (Bernardo Carvalho)

Coleção Archimboldi
Sobre coisas que aconteceram comigo
Marcelo Matthey
Tradução de Rafael Gutiérrez, Antonio Marcos Pereira e Diogo de Hollanda
Disponível na nossa loja virtual
Esta reunião de dois livros do escritor chileno Marcelo Matthey – Escrevi tudo isso entre dezembro de 1987 e março de 1988 e Sobre coisas que aconteceram comigo – é uma espécie de filho tardio e inesperado da ambição flaubertiana de escrever “um livro sobre nada”, “um livro que quase não tivesse nenhum tema, ou no qual, pelo menos, o assunto fosse quase invisível”. São dois diários, bastante esparsos e marcados por uma atitude ao mesmo tempo benevolente e inquieta, numa prosa que é tão clara quanto misteriosa. Há um momento no qual, ouvindo um concerto de música ao vivo, Matthey escreve: “Prestei atenção nos sons que o solista faz quando não canta, principalmente na respiração e nos gemidos”. É de dentro de gestos assim – atentar para os intervalos da música, observar um galinheiro, descrever os demais leitores de uma biblioteca pública, pegar um ônibus, escutar gente falando na rua, ir à praia – que podemos perceber o tema “quase invisível” dos livros de Matthey, e a pulsação viva de uma escrita única.
Coleção Archimboldi
Sobre coisas que aconteceram comigo
Marcelo Matthey
Tradução de Rafael Gutiérrez, Antonio Marcos Pereira e Diogo de Hollanda
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Esta reunião de dois livros do escritor chileno Marcelo Matthey – Escrevi tudo isso entre dezembro de 1987 e março de 1988 e Sobre coisas que aconteceram comigo – é uma espécie de filho tardio e inesperado da ambição flaubertiana de escrever “um livro sobre nada”, “um livro que quase não tivesse nenhum tema, ou no qual, pelo menos, o assunto fosse quase invisível”. São dois diários, bastante esparsos e marcados por uma atitude ao mesmo tempo benevolente e inquieta, numa prosa que é tão clara quanto misteriosa. Há um momento no qual, ouvindo um concerto de música ao vivo, Matthey escreve: “Prestei atenção nos sons que o solista faz quando não canta, principalmente na respiração e nos gemidos”. É de dentro de gestos assim – atentar para os intervalos da música, observar um galinheiro, descrever os demais leitores de uma biblioteca pública, pegar um ônibus, escutar gente falando na rua, ir à praia – que podemos perceber o tema “quase invisível” dos livros de Matthey, e a pulsação viva de uma escrita única.

Coleção Archimboldi
Ônibus
Elvio E. Gandolfo
Tradução de Davis Diniz
Disponível na nossa loja virtual
Associamos o gênero “literatura de viagens” a grandes movimentações pelo globo, cenas exóticas, distâncias impressionantes. Aqui, vemos uma torção peculiar do gênero: motivado pela leitura de um breve texto de Georges Perec, o escritor argentino Elvio E. Gandolfo escreve sobre as viagens de ônibus que, durante anos, realizou entre Rosário e Buenos Aires. Mesclando o tom de um relato de viagens com o de anotações em diário íntimo, Gandolfo transforma o travelogue em uma exploração meticulosa e delicada das alterações na percepção das paisagens, das estradas, dos encontros e das histórias que transcorrem durante os mais comuns trajetos, nos quais os desvios e recomeços que o texto narra são também constitutivos do modo como, aqui, se narra. Nesse processo, o ordinário se transmuta, revelando uma fisionomia com traços novos e mostrando – ao mesmo tempo para o narrador e para o leitor – que em toda viagem há também um percurso em um “mundo privado”, que a produção recente do autor tem buscado revelar e explorar.
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Ônibus
Elvio E. Gandolfo
Tradução de Davis Diniz
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Associamos o gênero “literatura de viagens” a grandes movimentações pelo globo, cenas exóticas, distâncias impressionantes. Aqui, vemos uma torção peculiar do gênero: motivado pela leitura de um breve texto de Georges Perec, o escritor argentino Elvio E. Gandolfo escreve sobre as viagens de ônibus que, durante anos, realizou entre Rosário e Buenos Aires. Mesclando o tom de um relato de viagens com o de anotações em diário íntimo, Gandolfo transforma o travelogue em uma exploração meticulosa e delicada das alterações na percepção das paisagens, das estradas, dos encontros e das histórias que transcorrem durante os mais comuns trajetos, nos quais os desvios e recomeços que o texto narra são também constitutivos do modo como, aqui, se narra. Nesse processo, o ordinário se transmuta, revelando uma fisionomia com traços novos e mostrando – ao mesmo tempo para o narrador e para o leitor – que em toda viagem há também um percurso em um “mundo privado”, que a produção recente do autor tem buscado revelar e explorar.

Coleção Archimboldi
Lá fora cresce um mundo
Adelaida Fernández Ochoa
Tradução de Francisco César Manhães
Disponível na nossa loja virtual
O ano é 1840. O lugar é o Vale do rio Cauca, na região sul-ocidental da Colômbia. Vários quilombolas e libertos uniram-se ao exército dos rebeldes esperando apoio para sua causa: a abolição da escravidão. Nay da Gâmbia, escravizada que administra a horta de uma das fazendas de Ibrahim Sahal, acredita que a verdadeira liberdade não se consegue por meio da lei. Para ela, o único caminho é o retorno ao seu país de origem. Junto a seu filho, Sundiata, começará um longo e difícil percurso à procura desse sonho. Neste romance, vencedor do Prêmio Casa das Américas 2015, a colombiana Adelaida Fernández Ochoa nos oferece outra visão da história da luta pela liberdade através da voz e do olhar daqueles que foram escravizados.
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Lá fora cresce um mundo
Adelaida Fernández Ochoa
Tradução de Francisco César Manhães
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O ano é 1840. O lugar é o Vale do rio Cauca, na região sul-ocidental da Colômbia. Vários quilombolas e libertos uniram-se ao exército dos rebeldes esperando apoio para sua causa: a abolição da escravidão. Nay da Gâmbia, escravizada que administra a horta de uma das fazendas de Ibrahim Sahal, acredita que a verdadeira liberdade não se consegue por meio da lei. Para ela, o único caminho é o retorno ao seu país de origem. Junto a seu filho, Sundiata, começará um longo e difícil percurso à procura desse sonho. Neste romance, vencedor do Prêmio Casa das Américas 2015, a colombiana Adelaida Fernández Ochoa nos oferece outra visão da história da luta pela liberdade através da voz e do olhar daqueles que foram escravizados.

Perla
Roberto Videla
Tradução de Diogo de Hollanda
Disponível na nossa loja virtual
Roberto Videla narra, em Perla, o encontro entre uma mãe e seu filho. Generoso e delicado, atento aos detalhes da intimidade, seu relato consegue capturar diversos matizes da relação filial e, ao mesmo tempo, esboçar um retrato do passar da vida numa cidade do interior da Argentina. Narrativa de desafios sutis, disfarça em sua simplicidade um convite para observar, como disse uma vez Barthes, “a família sem o familialismo”.
Perla
Roberto Videla
Tradução de Diogo de Hollanda
Disponível na nossa loja virtual
Roberto Videla narra, em Perla, o encontro entre uma mãe e seu filho. Generoso e delicado, atento aos detalhes da intimidade, seu relato consegue capturar diversos matizes da relação filial e, ao mesmo tempo, esboçar um retrato do passar da vida numa cidade do interior da Argentina. Narrativa de desafios sutis, disfarça em sua simplicidade um convite para observar, como disse uma vez Barthes, “a família sem o familialismo”.

Continuação de ideias diversas
César Aira
Tradução de Joca Wolff
Disponível na nossa loja virtual
A meio caminho entre um caderno de anotações, um diário, um rascunho de ideias, este livro raro de Aira reune pensamentos sobre literatura e arte, descrições de sonhos, lembranças de suas primeiras leituras, observações sobre a memória e o esquecimento e digressões sobre a arte da ficção. O livro está composto por uma série de fragmentos de não mais de uma página que, em espaço reduzido, funcionam com a potencia inesperada do haicai.
Continuação de ideias diversas
César Aira
Tradução de Joca Wolff
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A meio caminho entre um caderno de anotações, um diário, um rascunho de ideias, este livro raro de Aira reune pensamentos sobre literatura e arte, descrições de sonhos, lembranças de suas primeiras leituras, observações sobre a memória e o esquecimento e digressões sobre a arte da ficção. O livro está composto por uma série de fragmentos de não mais de uma página que, em espaço reduzido, funcionam com a potencia inesperada do haicai.