Coleção Stoner
O trabalho universitário talvez poucas vezes tenha sido tão bem retratado quanto no "campus novel" Stoner, de John Williams; nele, somos apresentados à trajetória de vida do protagonista que dá título à obra, desde suas origens humildes até o final de sua jornada de muitos anos como um acadêmico de literatura, passando pelas vicissitudes do cotidiano institucional, da docência e da pesquisa. Buscamos homenagear esse personagem no título de nossa coleção devotada a contemplar o trabalho acadêmico realizado com integridade e excelência - a tese, a dissertação, a coletânea de ensaios - em suas variadas dimensões.
O trabalho universitário talvez poucas vezes tenha sido tão bem retratado quanto no "campus novel" Stoner, de John Williams; nele, somos apresentados à trajetória de vida do protagonista que dá título à obra, desde suas origens humildes até o final de sua jornada de muitos anos como um acadêmico de literatura, passando pelas vicissitudes do cotidiano institucional, da docência e da pesquisa. Buscamos homenagear esse personagem no título de nossa coleção devotada a contemplar o trabalho acadêmico realizado com integridade e excelência - a tese, a dissertação, a coletânea de ensaios - em suas variadas dimensões.

Coleção Stoner
Mediações arquitetônicas
Redes profissionais e práticas estatais no Rio de Janeiro
Roberta Sampaio Guimarães, Antônio Agenor Barbosa, Gabrielle da Costa Moreira (Orgs.)
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A cidade do Rio de Janeiro foi inúmeras vezes palco, plateia e bastidor de intervenções urbanísticas. Da reforma Pereira Passos às operações atreladas aos megaeventos esportivos, os saberes da arquitetura têm sido sistematicamente acionados para legitimar obras “promotoras do bem-comum” e engendrar processos de categorização social, valorização imobiliária e disciplinamento de espaços e habitantes. A proposta deste livro é compreender as tramas sociais que sustentam tais iniciativas e as imagens e narrativas de progresso e modernidade produzidas pelo campo arquitetônico e pelas práticas estatais. A partir do diálogo entre referenciais da antropologia, sociologia, arquitetura, urbanismo, história, geografia e comunicação social, autores e autoras analisam as mediações profissionais, os interesses particulares e as controvérsias movimentadas em diferentes projetos financiados com recursos públicos.

Coleção Stoner
Da vida em jogo. Poéticas antropológicas do Poker
Clark Mangabeira
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O entrelaçamento entre a literatura prescritiva que ensina a jogar poker, as entrevistas com jogadores e o relato das próprias experiências do autor como jogador amador (no duplo sentido) conduzem o leitor às entranhas do jogo, nem tanto ao seu universo (sua organização, suas regras), mas principalmente à experiência do poker - como deve fazer toda boa etnografia. O leitor que apostar suas fichas na leitura verá que a aposta se paga.
Maria Claudia Coelho
Instituto de Ciências Sociais
UERJ

Coleção Stoner
Estrelas Juninas. Gênero, raça e sexualidade no São João de Belém
Rafael da Silva Noleto
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A delicada etnografia de Rafael da Silva Noleto, baseada em amplo trabalho de campo, nos leva a entender como acontecem os concursos de quadrilhas juninas em Belém, refletindo através da cultura popular sobre as formas de performatizar gênero, sexualidade, raça e classe. Nos concursos juninos, a presença aparentemente desconcertante da categoria Miss Gay dentro do espectro do feminino nas performances, revela como gays, travestis, mulheres transexuais e outras pessoas trans são classificadas como damas, assim como as mulheres cisgêneras. Gênero e sexualidade, em interação com categorias raciais e de território (periférico), articulam-se nas disputas juninas reguladas pelo Estado, revelando então parte das articulações entre cultura e política. De leitura deliciosa, Estrelas Juninas resulta de um doutorado primoroso defendido na USP.
Heloisa Buarque de Almeida
USP

Coleção Stoner
Uma literatura que se quer crítica
Diluição de fronteiras entre a crítica literária e a ficção contemporânea
Renata Magdaleno
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Qual é o uso que um escritor faz da crítica literária?, perguntava-se Ricardo Piglia em seu livro Crítica e ficção. Renata Magdaleno retoma a pergunta de Piglia no contexto latino-americano contemporâneo, propondo pensar também no caminho inverso: qual é o uso que faz a crítica literária da ficção? O livro de Magdaleno está dividido em duas partes. Na primeira, uma série de ensaios abordam o uso da crítica na ficção e as formas em que é ficcionalizado o lugar do escritor contemporâneo em obras de autores argentinos e brasileiros como João Gilberto Noll, Martín Caparrós, Andrés Neuman, Ricardo Lísias e Alberto Giordano. A segunda parte discute a incidência de um registro narrativo e autobiográfico no interior do próprio discurso crítico, através de entrevistas com três reconhecidas pesquisadoras e críticas literárias: Florencia Garramuño, Ana Kiffer e Diana Klinger. Escritores em contínuo movimento, escritas performáticas, diluição de fronteiras: temas que atravessam as análises e que nos permitem pensar algumas das principais linhas de tensão que permeiam o campo literário contemporâneo.
Coleção Stoner
Uma literatura que se quer crítica
Diluição de fronteiras entre a crítica literária e a ficção contemporânea
Renata Magdaleno
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Qual é o uso que um escritor faz da crítica literária?, perguntava-se Ricardo Piglia em seu livro Crítica e ficção. Renata Magdaleno retoma a pergunta de Piglia no contexto latino-americano contemporâneo, propondo pensar também no caminho inverso: qual é o uso que faz a crítica literária da ficção? O livro de Magdaleno está dividido em duas partes. Na primeira, uma série de ensaios abordam o uso da crítica na ficção e as formas em que é ficcionalizado o lugar do escritor contemporâneo em obras de autores argentinos e brasileiros como João Gilberto Noll, Martín Caparrós, Andrés Neuman, Ricardo Lísias e Alberto Giordano. A segunda parte discute a incidência de um registro narrativo e autobiográfico no interior do próprio discurso crítico, através de entrevistas com três reconhecidas pesquisadoras e críticas literárias: Florencia Garramuño, Ana Kiffer e Diana Klinger. Escritores em contínuo movimento, escritas performáticas, diluição de fronteiras: temas que atravessam as análises e que nos permitem pensar algumas das principais linhas de tensão que permeiam o campo literário contemporâneo.


Coleção Stoner
Pelos caminos do Cafundá
Paisagem e memórias de um quilombo carioca
Luz Stella Rodríguez Cáceres
Disponível na nossa loja virtual
Quando Stella chegou em nossa comunidade, ninguém entendia muito bem o que uma antropóloga fazia. Ela primeiro propôs vir morar na nossa casa, o que era muito estranho, depois ela caminhava para toda parte, entrava em todo lugar e perguntava sem parar as coisas da gente. De um momento a outro ela começou a fazer parte do nosso cotidiano, se tornou conhecedora dos nossos caminhos na mata e das casinhas mais recônditas, e, convivendo intensamente conosco, Stella ganhou nossa confiança até se tornar da família, baseado em um princípio que praticamos: “por aqui todo mundo é parente, mas nem todo mundo é da família, pois para ser da família não precisa ser parente”. Virar da família é virar parceira, é isso que Stella é para nós. A parceria com o meio acadêmico trouxe para o nosso território um novo olhar, um estranhamento que ajudou a nos compreendermos desde outra dimensão, dando visibilidade às coisas que sempre estiveram aí e nem sempre tínhamos percebido.
Sandro da Silva Santos
Quilombo Cafundá-Astrogilda
Coleção Stoner
Pelos caminos do Cafundá
Paisagem e memórias de um quilombo carioca
Luz Stella Rodríguez Cáceres
Disponível na nossa loja virtual
Quando Stella chegou em nossa comunidade, ninguém entendia muito bem o que uma antropóloga fazia. Ela primeiro propôs vir morar na nossa casa, o que era muito estranho, depois ela caminhava para toda parte, entrava em todo lugar e perguntava sem parar as coisas da gente. De um momento a outro ela começou a fazer parte do nosso cotidiano, se tornou conhecedora dos nossos caminhos na mata e das casinhas mais recônditas, e, convivendo intensamente conosco, Stella ganhou nossa confiança até se tornar da família, baseado em um princípio que praticamos: “por aqui todo mundo é parente, mas nem todo mundo é da família, pois para ser da família não precisa ser parente”. Virar da família é virar parceira, é isso que Stella é para nós. A parceria com o meio acadêmico trouxe para o nosso território um novo olhar, um estranhamento que ajudou a nos compreendermos desde outra dimensão, dando visibilidade às coisas que sempre estiveram aí e nem sempre tínhamos percebido.
Sandro da Silva Santos
Quilombo Cafundá-Astrogilda


Coleção Stoner
Autismo em tradução.
Uma conversa intercultural sobre condições do espectro autista
Clarice Rios e Elizabeth Fein (Orgs.)
Disponível na nossa loja virtual
Este extraordinário livro, que inclui artigos de nomes importantes no campo do autismo e da deficiência, é um experimento reflexivo. Ele insiste em desestabilizar tradições que privilegiam discursos clínicos/científicos ao invés de estéticos e fenomenológicos. Ele questiona a tendência nos estudos sobre saúde global de colocar o Sul Global na posição de “falta” de algo que o Norte Global pode oferecer. Este é um livro que deve ser lido, não apenas por aqueles que se interessam por autismo especificamente, mas por todos aqueles que tentam de alguma forma conciliar a ciência social crítica, a epidemiologia e as políticas públicas sem deixar de atentar para o modo como a experiência vivida pode ir além de categorias diagnósticas e discursos normativos.
Cheryl Mattingly
University of Southern California
Coleção Stoner
Autismo em tradução.
Uma conversa intercultural sobre condições do espectro autista
Clarice Rios e Elizabeth Fein (Orgs.)
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Este extraordinário livro, que inclui artigos de nomes importantes no campo do autismo e da deficiência, é um experimento reflexivo. Ele insiste em desestabilizar tradições que privilegiam discursos clínicos/científicos ao invés de estéticos e fenomenológicos. Ele questiona a tendência nos estudos sobre saúde global de colocar o Sul Global na posição de “falta” de algo que o Norte Global pode oferecer. Este é um livro que deve ser lido, não apenas por aqueles que se interessam por autismo especificamente, mas por todos aqueles que tentam de alguma forma conciliar a ciência social crítica, a epidemiologia e as políticas públicas sem deixar de atentar para o modo como a experiência vivida pode ir além de categorias diagnósticas e discursos normativos.
Cheryl Mattingly
University of Southern California


Coleção Stoner
Estar entre. Ensaios de literaturas em trânsito
Paloma Vidal
Disponível na nossa loja virtual
Paloma Vidal tem bastante experiência quando se trata de “Estar entre”. Nestes seus “ensaios de literaturas em trânsito” ela não deixa dúvidas quanto a isso. Uma série de paradoxos são desdobrados nesse “estar entre”: entre línguas, culturas e países, mas, sobretudo, entre as páginas de livros. Paloma fala entre livros, mas também entre cidades: Rio de Janeiro, Buenos Aires, Paris, Los Angeles... Para Walter Benjamin existem dois tipos de aproximação da cidade: a feita pelos que lhe são nativos e a pelos de fora. Os nativos são minoria dentre os autores de descrições de cidade, justamente porque não conseguem a distância necessária para escrever sobre a sua cidade. Se nossa língua estabelece um mapa para trilharmos o mundo, estar entrelínguas (como acontece na escritura de Paloma) permite uma produtiva quebra da bússola e sua fragmentação em cacos que lançam luzes inusitadas sobre outros mundos e outros modos de estar aí.
Do posfácio de Márcio Seligmann-Silva
Coleção Stoner
Estar entre. Ensaios de literaturas em trânsito
Paloma Vidal
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Paloma Vidal tem bastante experiência quando se trata de “Estar entre”. Nestes seus “ensaios de literaturas em trânsito” ela não deixa dúvidas quanto a isso. Uma série de paradoxos são desdobrados nesse “estar entre”: entre línguas, culturas e países, mas, sobretudo, entre as páginas de livros. Paloma fala entre livros, mas também entre cidades: Rio de Janeiro, Buenos Aires, Paris, Los Angeles... Para Walter Benjamin existem dois tipos de aproximação da cidade: a feita pelos que lhe são nativos e a pelos de fora. Os nativos são minoria dentre os autores de descrições de cidade, justamente porque não conseguem a distância necessária para escrever sobre a sua cidade. Se nossa língua estabelece um mapa para trilharmos o mundo, estar entrelínguas (como acontece na escritura de Paloma) permite uma produtiva quebra da bússola e sua fragmentação em cacos que lançam luzes inusitadas sobre outros mundos e outros modos de estar aí.
Do posfácio de Márcio Seligmann-Silva

Coleção Stoner
Dorival Caymmi. A pedra que ronca no meio do mar
Vítor Queiroz
Disponível na nossa loja virtual
Dorival Caymmi, o Buda nagô, belo, bom e ímpar, cantado por Gilberto Gil, apresenta-se em nova angulação neste livro de Vítor Queiroz. O autor também se criou na cidade de cotidiano “denso e oleoso” retratada por Jorge Amado, na “terra do branco mulato e do preto doutor” cantada por Caymmi, na “Roma negra” de Gil. Como seus antecessores ilustres, mas bem mais jovem, Vítor seguiu o itinerário deles e saiu de Salvador. Com isso, pode mirá-la sob nova perspectiva, valendo-se da interpretação apurada da vida e da obra de Caymmi. Na intersecção da antropologia com a história social, auxiliado por amplo conhecimento musical, Vítor Queiroz expõe os alicerces que sustentam a (merecida) consagração de Caymmi. Recupera a inscrição do “patriarca” da música popular nas cidades onde ele fez nome e ampliou a fama; examina sua obra com atenção ao entrelaçamento entre o silêncio e a experiência racial; focaliza as parcerias que atiçaram sua imaginação – Jorge Amado, Carybé, Verger. Esses sucessivos focos compõem uma figuração complexa de Caymmi e de sua apropriação por distintas linhagens de músicos que continuam a ecoar a sua voz. Vigorosa, a intepretação de Vítor abre uma clareira no debate das relações raciais à brasileira, ao desvelar novas conexões entre forma artística e conteúdo social.
Heliosa Pontes (Unicamp)
Coleção Stoner
Dorival Caymmi. A pedra que ronca no meio do mar
Vítor Queiroz
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Dorival Caymmi, o Buda nagô, belo, bom e ímpar, cantado por Gilberto Gil, apresenta-se em nova angulação neste livro de Vítor Queiroz. O autor também se criou na cidade de cotidiano “denso e oleoso” retratada por Jorge Amado, na “terra do branco mulato e do preto doutor” cantada por Caymmi, na “Roma negra” de Gil. Como seus antecessores ilustres, mas bem mais jovem, Vítor seguiu o itinerário deles e saiu de Salvador. Com isso, pode mirá-la sob nova perspectiva, valendo-se da interpretação apurada da vida e da obra de Caymmi. Na intersecção da antropologia com a história social, auxiliado por amplo conhecimento musical, Vítor Queiroz expõe os alicerces que sustentam a (merecida) consagração de Caymmi. Recupera a inscrição do “patriarca” da música popular nas cidades onde ele fez nome e ampliou a fama; examina sua obra com atenção ao entrelaçamento entre o silêncio e a experiência racial; focaliza as parcerias que atiçaram sua imaginação – Jorge Amado, Carybé, Verger. Esses sucessivos focos compõem uma figuração complexa de Caymmi e de sua apropriação por distintas linhagens de músicos que continuam a ecoar a sua voz. Vigorosa, a intepretação de Vítor abre uma clareira no debate das relações raciais à brasileira, ao desvelar novas conexões entre forma artística e conteúdo social.
Heliosa Pontes (Unicamp)

Coleção Stoner
Pensar com método
Susana Durão, Isadora Lins França (Orgs.)
Disponível na nossa loja virtual
Realizado em parceria com o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, o livro Pensar com método reune contribuições de disciplinas como a antropologia, a ciência política, a demografia, a sociologia e a história, nas quais os autores nos oferecem estimulantes ensaios metodológicos. Trata-se de uma coletânea para todos os públicos, não apenas cientistas sociais. Percorrendo vários temas, mas não se circunscrevendo a análises temáticas, os textos apresentados visam ajudar alunos, pesquisadores e professores a lidar com as complexidades do trabalho de quem procura entender e explicar os mundos sociais contemporâneos.
Coleção Stoner
Pensar com método
Susana Durão, Isadora Lins França (Orgs.)
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Realizado em parceria com o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, o livro Pensar com método reune contribuições de disciplinas como a antropologia, a ciência política, a demografia, a sociologia e a história, nas quais os autores nos oferecem estimulantes ensaios metodológicos. Trata-se de uma coletânea para todos os públicos, não apenas cientistas sociais. Percorrendo vários temas, mas não se circunscrevendo a análises temáticas, os textos apresentados visam ajudar alunos, pesquisadores e professores a lidar com as complexidades do trabalho de quem procura entender e explicar os mundos sociais contemporâneos.


Coleção Stoner
(Des)Prazer da norma
Everton Rangel, Camila Fernandes, Fátima Lima (Orgs.)
Disponível na nossa loja virtual (Versão impressa)
Baixe aqui o PDF (Versão digital gratuita)
As relações de gênero, sexualidade, afeto e família estão no epicentro dos debates político-morais que atravessam nossa realidade contemporânea. Seus limites, formas e dinâmicas apresentam-se como matéria de governos e violências. E, às vezes, como parte do desejo por governos violentos que vemos circular e ganhar espaço crescente em nossa sociedade. A chegada da coletânea (Des)prazer da norma deve ser saudada, assim, não apenas com admiração intelectual pelo rigor teórico e apuro etnográfico presentes em cada texto, mas também com o reconhecimento da coragem politica e epistemológica que nela pulsam.
Adriana Vianna
Museu Nacional/UFRJ
Coleção Stoner
(Des)Prazer da norma
Everton Rangel, Camila Fernandes, Fátima Lima (Orgs.)
Disponível na nossa loja virtual (Versão impressa)
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As relações de gênero, sexualidade, afeto e família estão no epicentro dos debates político-morais que atravessam nossa realidade contemporânea. Seus limites, formas e dinâmicas apresentam-se como matéria de governos e violências. E, às vezes, como parte do desejo por governos violentos que vemos circular e ganhar espaço crescente em nossa sociedade. A chegada da coletânea (Des)prazer da norma deve ser saudada, assim, não apenas com admiração intelectual pelo rigor teórico e apuro etnográfico presentes em cada texto, mas também com o reconhecimento da coragem politica e epistemológica que nela pulsam.
Adriana Vianna
Museu Nacional/UFRJ


Coleção Stoner
Batalha de confete. Envelhecimento, condutas homossexuais e regimes de visibilidade no Pantanal -MS
Guilherme R. Passamani
Disponível na nossa loja virtual
Apoiado em cuidadoso trabalho etnográfico e histórico, Guilherme R. Passamani oferece importante contribuição para o campo de estudos sobre gênero e sexualidade. Desenvolvida em Corumbá e Ladário, cidades fundadas na fronteira ocidental brasileira, a reflexão do antropólogo explora outras tantas “fronteiras” e desloca certos lugares comuns e concepções canônicas dessa área de estudos. Problematiza, sobretudo, as ideias de que as grandes metrópoles são o habitat natural das dissidências sexuais e de gênero, que sexualidade e juventude são quase sinônimos e, finalmente, que o chamado “closet” homossexual é sempre um espaço inabitável. Mostra desse modo que, observadas a partir de suas “fronteiras”, sexualidade, geração e regionalidade não se apresentam como territórios claramente delimitados, mas sim como paradas momentâneas e instáveis em um fluxo incessante de deslocamentos, trocas e passagens. (Sérgio Carrara, IMS/UERJ)
Coleção Stoner
Batalha de confete. Envelhecimento, condutas homossexuais e regimes de visibilidade no Pantanal -MS
Guilherme R. Passamani
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Apoiado em cuidadoso trabalho etnográfico e histórico, Guilherme R. Passamani oferece importante contribuição para o campo de estudos sobre gênero e sexualidade. Desenvolvida em Corumbá e Ladário, cidades fundadas na fronteira ocidental brasileira, a reflexão do antropólogo explora outras tantas “fronteiras” e desloca certos lugares comuns e concepções canônicas dessa área de estudos. Problematiza, sobretudo, as ideias de que as grandes metrópoles são o habitat natural das dissidências sexuais e de gênero, que sexualidade e juventude são quase sinônimos e, finalmente, que o chamado “closet” homossexual é sempre um espaço inabitável. Mostra desse modo que, observadas a partir de suas “fronteiras”, sexualidade, geração e regionalidade não se apresentam como territórios claramente delimitados, mas sim como paradas momentâneas e instáveis em um fluxo incessante de deslocamentos, trocas e passagens. (Sérgio Carrara, IMS/UERJ)


Coleção Stoner
Não leve flores: crônicas etnográficas junto ao Movimento Passe Livre-DF
Leila Saraiva
Disponível na nossa loja virtual
Em tempos de desconfiança na política, como pensá-la em termos radicalmente democráticos? Aparentemente ociosa, a pergunta talvez sinalize a direção e a inspiração mais promissoras para ultrapassar a impotência gerada pela anti-política do Estado e suas práticas desmobilizadoras. Essa é a aposta do Movimento Passe Livre que estas “crônicas etnográficas” retratam. Escrito com paixão e posicionamento, Não leve flores constrói um conhecimento situado ao apresentar o MPL, suas práticas, seus principios e sua perspectiva singular da política, assim como vislumbres dos mundos sociais nos quais militantes e simpatizantes transitam.
Christine de Alencar Chaves
Universidade de Brasília - UNB
Coleção Stoner
Não leve flores: crônicas etnográficas junto ao Movimento Passe Livre-DF
Leila Saraiva
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Em tempos de desconfiança na política, como pensá-la em termos radicalmente democráticos? Aparentemente ociosa, a pergunta talvez sinalize a direção e a inspiração mais promissoras para ultrapassar a impotência gerada pela anti-política do Estado e suas práticas desmobilizadoras. Essa é a aposta do Movimento Passe Livre que estas “crônicas etnográficas” retratam. Escrito com paixão e posicionamento, Não leve flores constrói um conhecimento situado ao apresentar o MPL, suas práticas, seus principios e sua perspectiva singular da política, assim como vislumbres dos mundos sociais nos quais militantes e simpatizantes transitam.
Christine de Alencar Chaves
Universidade de Brasília - UNB


Coleção Stoner
A perversão domesticada. BDSM e consentimento sexual
Bruno Zilli
Disponível na nossa loja virtual
A Perversão Domesticada analisa o discurso BDSM — sigla para práticas sexuais que envolvem dominação, submissão e sadomasoquismo —, tal como presente em manuais de orientação para sua prática, disponíveis na internet. O foco está na importância atribuída à garantia de que a prática do BDSM seja “sã, segura e consentida”. Particularmente central para os praticantes é a noção de “consentimento”, condição essencial para que o BDSM não se confunda com a violência sexual.
Coleção Stoner
A perversão domesticada. BDSM e consentimento sexual
Bruno Zilli
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A Perversão Domesticada analisa o discurso BDSM — sigla para práticas sexuais que envolvem dominação, submissão e sadomasoquismo —, tal como presente em manuais de orientação para sua prática, disponíveis na internet. O foco está na importância atribuída à garantia de que a prática do BDSM seja “sã, segura e consentida”. Particularmente central para os praticantes é a noção de “consentimento”, condição essencial para que o BDSM não se confunda com a violência sexual.


Coleção Stoner
A vida em cenas de uso de crack
Erick Araujo
Disponível na nossa loja virtual
Este livro descreve um encontro entre uma equipe de saúde, chamada consultório na rua, e aquelas pessoas que se tornaram, ou não, suas usuárias. Encontro dado nas ruas, calçadas e nas linhas de trem da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Trata-se também do encontro entre uma certa droga, o crack, e muitos corpos, inclusive aqueles institucionais que emergiam e intervinham nas cenas muitas vezes com um ímpeto de extermínio. E o que dizer da cor daqueles corpos que apareciam como alvos dessas instituições? O livro de Erick Araujo anuncia como a vida se dá concretamente nos encontros nas ruas e nas cenas de uso de crack, como a partir deles ativa-se todo um manejo existencial.
A vida em cenas de uso de crack
Erick Araujo
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Este livro descreve um encontro entre uma equipe de saúde, chamada consultório na rua, e aquelas pessoas que se tornaram, ou não, suas usuárias. Encontro dado nas ruas, calçadas e nas linhas de trem da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Trata-se também do encontro entre uma certa droga, o crack, e muitos corpos, inclusive aqueles institucionais que emergiam e intervinham nas cenas muitas vezes com um ímpeto de extermínio. E o que dizer da cor daqueles corpos que apareciam como alvos dessas instituições? O livro de Erick Araujo anuncia como a vida se dá concretamente nos encontros nas ruas e nas cenas de uso de crack, como a partir deles ativa-se todo um manejo existencial.

Coleção Stoner
Entre a letra e a tela. Literatura, imprensa e cinema na América Latina (1896-1932)
Miriam V. Gárate
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Materialmente mais resistentes que o celuloide, e socialmente mais assimilados à paisagem cultural quando do surgimento do cinema, muitos impressos da época constituem um testemunho, às vezes único, de modos de perceber, compreender e reagir perante a irrupção do novo espetáculo. Um espetáculo que, em suas três primeiras décadas de existência, passa de atração integrada a outros entretenimentos, tais como feiras e vaudevilles, a uma prática autônoma, com linguagens e propostas estéticas diversas, ainda que uma delas, a estética hollywoodiana, já tivesse se tornado hegemônica. Transcorrido esse período, o advento do som coloca outras questões, reorganizando os termos da interação entre a palavra (em sua dupla feição oral e escrita) e a tela. Os ensaios que integram este livro se detêm nesse limiar, concentrando-se no denominado período silencioso.
Entre a letra e a tela. Literatura, imprensa e cinema na América Latina (1896-1932)
Miriam V. Gárate
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Materialmente mais resistentes que o celuloide, e socialmente mais assimilados à paisagem cultural quando do surgimento do cinema, muitos impressos da época constituem um testemunho, às vezes único, de modos de perceber, compreender e reagir perante a irrupção do novo espetáculo. Um espetáculo que, em suas três primeiras décadas de existência, passa de atração integrada a outros entretenimentos, tais como feiras e vaudevilles, a uma prática autônoma, com linguagens e propostas estéticas diversas, ainda que uma delas, a estética hollywoodiana, já tivesse se tornado hegemônica. Transcorrido esse período, o advento do som coloca outras questões, reorganizando os termos da interação entre a palavra (em sua dupla feição oral e escrita) e a tela. Os ensaios que integram este livro se detêm nesse limiar, concentrando-se no denominado período silencioso.

O samba é fogo. O povo e a força do Samba de Véio da Ilha do Massangano
Márcia Nóbrega
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A autora investiga o modo como sambistas da Ilha do Massangano – situada no Vale Submédio do rio São Francisco entre as cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) – relacionam os usos de seu corpo à uma elaboração própria do que é ser pessoa. Estes sambistas estabelecem uma forte relação entre o controle dos fluxos (chamados de força ou de fogo) que passam através de seus corpos e a noção de existência. O ‘fogo’ seria tanto efeito da produção do som – que nada mais é do que o resultado do encontro entre os corpos – juntamente ao seu sapateado frenético, quanto do uso de bebidas alcoólicas. A noção de equilíbrio, de controle dos fluxos e dos corpos, é, na Ilha, fundamental para que se mantenha o mínimo de organização nos estados de existência, para que a vida possa seguir sendo vivida.
Márcia Nóbrega
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A autora investiga o modo como sambistas da Ilha do Massangano – situada no Vale Submédio do rio São Francisco entre as cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) – relacionam os usos de seu corpo à uma elaboração própria do que é ser pessoa. Estes sambistas estabelecem uma forte relação entre o controle dos fluxos (chamados de força ou de fogo) que passam através de seus corpos e a noção de existência. O ‘fogo’ seria tanto efeito da produção do som – que nada mais é do que o resultado do encontro entre os corpos – juntamente ao seu sapateado frenético, quanto do uso de bebidas alcoólicas. A noção de equilíbrio, de controle dos fluxos e dos corpos, é, na Ilha, fundamental para que se mantenha o mínimo de organização nos estados de existência, para que a vida possa seguir sendo vivida.

Meninas más, mulheres nuas. As máquinas literárias de Adelaide Carraro e Cassandra Rios
Pedro Amaral
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Este trabalho analisa as obras de Adelaide Carraro (1925-1992) e Cassandra Rios (1932-2002), comumente referidas como ´as maiores pornógrafas da literatura brasileira`, epíteto que evoca uma glória ambígua: a de serem campeãs de vendagem, sobretudo nas décadas de 1960 e 1970, e também recordistas em títulos censurados durante a última ditadura. Procura mostrar como suas bibliografias, identificadas entre si na ‘paixão pelo visível’ da tradição naturalista e na forte presença de conteúdo sexual, configuram, não obstante, projetos distintos e em boa medida opostos. Projetos estes que mantém considerável coerência interna, ao longo de anos de produção contínua, combinando transgressão e conservadorismo de modo desafiador à interpretação.
Pedro Amaral
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Este trabalho analisa as obras de Adelaide Carraro (1925-1992) e Cassandra Rios (1932-2002), comumente referidas como ´as maiores pornógrafas da literatura brasileira`, epíteto que evoca uma glória ambígua: a de serem campeãs de vendagem, sobretudo nas décadas de 1960 e 1970, e também recordistas em títulos censurados durante a última ditadura. Procura mostrar como suas bibliografias, identificadas entre si na ‘paixão pelo visível’ da tradição naturalista e na forte presença de conteúdo sexual, configuram, não obstante, projetos distintos e em boa medida opostos. Projetos estes que mantém considerável coerência interna, ao longo de anos de produção contínua, combinando transgressão e conservadorismo de modo desafiador à interpretação.